“Em 2013, conseguimos quebrar todos os tabus e chegar a um nível que o tiro esportivo brasileiro nunca tinha chegado”, resume o pontagrossense Cassio Rippel, sobre a equipe olímpica brasileira de Tiro Esportivo. Os feitos do atirador e major do exército de 35 anos na temporada o credenciam para pensar em uma medalha olímpica nos Jogos do Rio em 2016.
Embora o tiro esportivo não seja uma modalidade popular no Brasil, já rendeu ao país um pódio olímpico. Foi com uma arma em punho, aliás, que o país conquistou seu primeiro ouro nos Jogos, também com um militar. Em 1920, Guilherme Paraense, tenente do Exército, venceu a prova de tiro nos Jogos da Antuérpia, com equipamento emprestado dos atiradores dos Estados Unidos.
Nesta temporada, Rippel terminou o ano como o melhor atirador da Carabina Deitado das Américas e 12º melhor do ranking mundial. Também bateu o recorde sul-americano durante na etapa de Milão da Copa do Mundo, ao conquistar 598 pontos dos 600 em disputa.
Ainda em 2013, o paranaense também terminou em quinto lugar em duas etapas da Copa do Mundo (Fort Benning, nos EUA; e Granada, na Espanha), fazendo finais inéditas para os brasileiros.
Como reconhecimento, foi indicado ao Prêmio Orgulho Paranaense, promovido pelo governo do estado do Paraná. Em uma força-tarefa entre amigos e familiares, levou 38,95% dos 23 mil votos e foi o vencedor. Hoje, terça-feira (16/12), receberá o troféu de melhor atleta do tiro esportivo do ano, eleito por especialistas, na premiação anual promovida pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), o Prêmio Brasil Olímpico.
Em parte, Cassio atribui a ascensão à parceria com o técnico ucraniano Oleg Mikhailov, contratado pela Confederação Brasileira de Tiro Esportivo (CBTE) em 2010 para comandar a seleção brasileira. “Os resultados de toda a equipe estão mais consistentes. O que houve foi uma mudança de mentalidade. Ele tem a cabeça de um técnico do Leste Europeu, que já teve títulos de campeão mundial. Se estamos desbravando coisas novas para o tiro esportivo brasileiro, o Oleg já chegou lá, tenho como conversar com ele sobre como conquistar uma medalha”, fala.
A maturidade conquistada em jornada iniciada em 2007, nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, também tem sua parcela de “culpa” na evolução de Rippel. No megaevento carioca, o paranaense havia trabalhado como árbitro da competição e lá conheceu o técnico da seleção norte-americana, David Johnson.
“Comecei a atirar aos 17 anos, quando ingressei na carreira militar. Em 2007, com resultados em ascensão, decidi investir, por conta própria, em algo que me permitisse evoluir tecnicamente. Conversei com o Johnson e ele me convidou para treinar lá. Fiquei um mês lá, acolhido por ele, que me ensinou os passos iniciais para o nível olímpico”, conta.
Morando em Campinas, onde serve o exército e treina, Rippel destaca que o período entre 2008 e 2012 foi importante para lhe dar a consistência técnica necessária para seguir a evolução. “Passei um bom tempo trabalhando a base. Isso me deu um suporte muito bom e agora consigo polir e chegar bem em 2016”, destaca.
Fonte: Gazeta Maringá (com adaptações)
Nota: Hoje (17/12/2013), o atleta Cassio Rippel entrou em contato com o blog e pediu para corrigir a frase "Consegui chegar a um nível que (...)",transcrita de formar errônea pelo autor da matéria na Gazeta de Marinagá, segundo o próprio Cassio. A frase correta, já corrigida no blog é: "Conseguimos chegar a um nível que o Tiro Esportivo brasileiro nunca tinha chegado".
Nota: Hoje (17/12/2013), o atleta Cassio Rippel entrou em contato com o blog e pediu para corrigir a frase "Consegui chegar a um nível que (...)",transcrita de formar errônea pelo autor da matéria na Gazeta de Marinagá, segundo o próprio Cassio. A frase correta, já corrigida no blog é: "Conseguimos chegar a um nível que o Tiro Esportivo brasileiro nunca tinha chegado".
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